Quando o sexo se torna um vício

21 de abr. de 2013


Toda a galera do sexo masculino já se deparou com algumas das situações abaixo: Acordando no meio da noite com aquele enorme libido e aí resolver no famoso cinco contra um. Só conseguir dormir após o clássico. Ou mesmo durante a tarde, ter um enorme desejo sexual e então fazer sexo com a namorada ou com a mão. Ok, tudo isso para a psicologia é comum, faz parte de todo ser humano. Afinal, ter desejo mostra que seus hormônios estão trabalhando. Mas e quando passa do limite? Quando fazer sexo uma vez não acaba com a vontade na hora e só aumenta o desejo? Ou até mesmo quando você se masturba, mais de duas vezes em um curto intervalo de tempo, será que é comum também?

Durante a iniciação sexual é normal o enorme desejo por sexo, a vontade só aumenta, a curiosidade também. É absolutamente saudável nesse nível. Mas quando a pessoa começa a deixar de fazer coisas importantes ou interromper algum trabalho ou atividade por causa do desejo sexual, já é sinal que algo está errado( pense como um viciado em drogas que fica sem sua droga ou um alcoólatra sem seu álcool). O fato de tudo começar a girar em torno do sexo, acaba sendo um problema. Mesmo transando durante o dia ou se masturbando, não ficando satisfeito com isso, o aconselhável é procurar ajuda especializada.

A vontade sexual é para muitos psicólogos um transtorno obsessivo compulsivo( TOC), pois causa angústia e sofrimento ao paciente sendo egodistônico. Já o comportamento sexual compulsivo, onde os sintomas provocam prazer e não angústia ao paciente, são egosincrônicos. A diferença básica é que o TOC o paciente tenta neutralizar- sem sucesso- os pensamentos compulsivos. Já no Comportamento Sexual Compulsivo o paciente costuma dar várias explicações para seus pensamentos, sua atitude de “safadinho”, pelo fato da nossa cultura estimular o sexo.

O problema pode começar como egodistônico(a pessoa ter culpa pelo que fez) e virar egosincrônico(a pessoa ter prazer pelo que faz e não se sentir culpa) ou vice-versa, dependendo de cada caso.

Mas o que é exatamente uma compulsão sexual? “São pensamentos constantes, que deixam a pessoa inquieta”, explica a psicóloga e terapeuta sexual do ISEXP, (Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática) Arlete Gavranic.

Inclusive é bom alertar que quando a pessoa chega a um determinado estágio da compulsão sexual, ela pode desenvolver lesões em suas genitálias ou mesmo alguma doença sexualmente transmissível.

O comportamento sexual compulsivo se inicia geralmente no final da adolescência e a tendência é sempre ir aumentando a vontade e os desejos sexuais.  

E nunca é demais lembrar que pessoas com esses problemas podem acabar se tornando anti sociais, se privando apenas para o sexo, o que acaba criando problemas com familiares, amigos, empregados, empregadores.

E o constrangimento não para por aí… eles por terem um apetite sexual enorme podem acabar tendo complicações com esposa(o) e acabar se envolvendo sexualmente com amigas(os) ou até mesmo com familiares, devido ao enorme desejo sexual.

O tratamento quando o caso é o TOC é bem respondido com antidepressivos e quando o caso é a compulsão sexual( ou seja a pessoa tem prazer e não angústia perante o problema) o tratamento não é muito diferente. Consultas médicas, com psicólogos e reuniões em grupo fazem parte do tratamento. Além dos antidepressivos também são utilizados antipsicóticos.

Mas o que muitos que sofrem disso se perguntam: Há cura? A Dra Cibele Rudge fala sobre isso: “Quando falamos em doenças psiquiátricas nos referimos muitas vezes a controle do paciente. Este terá sempre uma chance maior de recorrência que a população em geral. O controle deve ser feito sob supervisão de um médico psiquiatra.”

O sexo é algo saudável, prazeroso, que complementa a vida de quase todos seres humanos. Porém como tudo na existência há um limite e quando esse limite é ultrapassado, acaba se tornando um problema, virando uma compulsão. Por isso quando começar a perceber que tem as características citadas no texto, procure ajuda especializada para tratar do problema.


Fonte: anormal


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