O
amor é a realização mais completa das possibilidades do ser humano. É o mais
íntimo e o maior, é onde ele encontra a plenitude do seu ser, a única coisa que
pode absorvê-lo inteiramente.
O prazer que
deriva da sua expressão no amor conjugal é talvez o mais intenso dos prazeres
corporais e também talvez o que mais absorve. O entusiasmo que produz uma
paixão pura e sincera retira o homem ou a mulher de si mesmo para se entregar e
viver para o outro: é o maior entusiasmo que a maioria dos seres humana tem na
sua vida.
Quando o prazer e o amor se unem em entrega mútua, então é possível
alcançar um alto grau de felicidade e prazer.
Em contrapartida
quando se prima pela busca do simples prazer físico, esse prazer tende a
converter-se em algo momentâneo e fugidio, que deixa um rasto de insatisfação.
Porque a satisfação sexual é na realidade apenas uma parte, e talvez a mais
pequena, da alegria da entrega sexual de alma e corpo própria da entrega total
do amor conjugal.
- Mas, nem
sempre é fácil distinguir o que é carinho do que é fome de prazer.
Às vezes é
muito claro. Outras, nem tanto. Em qualquer caso, na medida em que se reduza a
simples fome de prazer, está-se a usar a outra pessoa. E isso não pode ser bom
para nenhum dos dois.
Quando se
usa a outra pessoa, não a amamos, nem sequer a respeitamos, porque se utiliza e
se rebaixa a sua intimidade pessoal.
O terreno
sexual oferece, mais do que outros, ocasiões para se servir das pessoas como se
fosse um objeto, ainda que seja inconscientemente. A dimensão sexual do amor
faz com que este possa inclinar-se com certa facilidade para a busca do prazer
em si mesmo, uma utilização que sempre rebaixa a pessoa, pois afeta a sua mais
profunda intimidade.
Sendo o sexo
expressão da nossa capacidade de amar, toda a referência sexual chega até ao
mais fundo, ao núcleo mais íntimo, e implica a totalidade da pessoa. E,
precisamente por possuir tão grande valor e dignidade, a sua corrupção é
particularmente corrosiva.
Cada um faz
do seu amor o que faz da sua sexualidade.
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